domingo, 9 de junho de 2013

Classificação de organismos antigos


A nomenclatura de grupos de organismos antigos para a paleontologia é importante de modo a clarificar conceitos e abranger todos os espécimes. A taxonomia Lineana (Figura 9), apesar de eficaz na classificação de organismos vivos, não é sempre possível de ser utilizada quando novos fósseis, significativamente diferentes dos conhecidos anteriormente, são descobertos.


Figura 9 - A hierarquia da classificação científica dos seres vivos de Lineu (http://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia_de_Lineu)


Em paleontologia utiliza-se a cladística, em que existe uma “árvore genealógica” evolucionária de um conjunto de organismos. As caraterísticas utilizadas na construção de cladogramas são anatómicas (como por exemplo a presença/ausência de corda dorsal) ou moleculares (comparação de sequências de ADN ou de proteínas). Da cladística obtêm-se grupos hierarquicamente organizados, que partilham um ancestral comum. No entanto, estes cladogramas (Figura 10) estão muitas vezes incompletos por não existir toda a informação para a sua correta construção. Existem também caracteres que evoluíram mais que uma vez, em tempos diferentes, sendo necessária atenção quando se recorrem a estes fatores morfológicos repetidos – evolução convergente.
Figura 10 – Exemplo de cladograma relativo à temperatura corporal dos animais.

      Os animais de sangue quente evoluíram algures na transição entre os Synapsidos e os mamíferos.
   A endotermia também deverá ter evoluído num destes pontos – exemplo de evolução convergente (http://en.wikipedia.org/wiki/Paleontology)

A nomenclatura de uma espécie fóssil obedece à nomenclatura binomial desenvolvida por Lineu, sendo importante para fazer a catalogação dos organismos fósseis.

Quando um fóssil é descoberto é feito o seu estudo, havendo espécimes:
·         Espécie tipo: encontra-se arquivada em coleções de museus ou em centros de investigação;
·         Holótipo: espécime típico de uma espécie, servindo de referência;
·         Paratipo: apresenta algumas diferenças, variações em relação ao holótipo, auxilia por isso na caraterização da espécie;
Neótipo: definido quando há perda do holótipo ou se faz uma nova descrição da espécie.

Referências Bibliográficas
Priberam (2012) 9 de junho de 2013, http://www.priberam.pt/.
Wikipedia (2013) 9 de junho, 2013, http://en.wikipedia.org/ .
Iniciação à paleontologia e à história da terra (n.d.) 9 de junho, 2013, http://fossil.uc.pt.
Legoinha, P. (2012). Apontamentos de Estratigrafia e Paleontologia. Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

Fósseis ao virar da esquina (n.d.) 9 de junho, 2013, http://paleolisboa.com.

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