Fóssil é o “nome dado aos restos ou vestígios de
plantas ou animais que se encontram nas camadas terrestres, anteriores ao
actual período geológico”, segundo o Dicionário Priberam de Língua Portuguesa.
A origem da palavra, do latim fossilis,
indica-nos literalmente isso mesmo, ‘extraído da terra’. No entanto, para que
seja considerado fóssil, os vestígios devem ter origem orgânica e possuírem mais
de 13000 anos (calculado a partir da última glaciação do Quaternário). Existem,
no entanto, autores que consideram que o tempo não é o mais importante na
definição do conceito de fóssil (ou seja, os vestígios não sofreram
transformações físicas e químicas por longos períodos de tempo), mas antes que
qualquer resto ou vestígio de ser vivo é um fóssil quando preservado em
contexto geológico.
Existem duas formas de preservação dos
vestígios da presença de seres vivos antigos, restos materiais e manifestações
de atividade (Figura 1).
·
Restos materiais ou somatofósseis são evidências da totalidade do corpo inteiro
(Figura 2A) ou de partes de antigos organismos, tais como, ossos, dentes,
troncos ou chifres (Figura 2B).
·
Manifestações de atividade são fósseis que resultam de evidências
indirectas dos seres vivos, ou seja, da sua atividade biológica. Estas podem
ser vestígios orgânicos, tais
como estruturas reprodutoras (sementes, pólen, ovos – Figura 3A, esporos) e
cuprólitos e urólitos (excrementos fossilizados e secreções urinárias), ou icnofósseis
ou rastos, como são as pegadas (Figura 3B) e impressões de outras partes do
corpo, pistas e galerias abertas em material rochoso ou em partes de outros
seres vivos (como esqueletos e troncos).
Existem ainda outros tipos de vestígios que a
vida passada deixou que, apesar de não poderem ser vistos, podem ser detetados
sob a forma de sinais bioquímicos. Estes são os fósseis químicos ou biomarcadores.
Figura 1 - Esquema simplificado de uma paisagem actual e de algumas
plantas e animais (potenciais fósseis) que poderão ser preservados como fósseis
(http://domingos.home.sapo.pt)
Figura 2 – Exemplos de somatofósseis. A - Mosquito
preservado em âmbar, exemplificando um vestígio fóssil da totalidade do corpo
do organismo (http://hapenas.com). B - Crânio do dinossauro Rajasaurus
narmadensis, em que se demonstra que
apenas uma parte do organismo ficou preservada, neste caso o osso, tendo sido
as partes moles decomposição (http://www-news.uchicago.edu)
Referências
Bibliográficas
Wikipedia (2013) 9 de junho, 2013, http://en.wikipedia.org/ .
Iniciação à paleontologia e à
história da terra (n.d.) 9 de junho, 2013, http://fossil.uc.pt.
Legoinha,
P. (2012). Apontamentos de Estratigrafia e Paleontologia. Faculdade de Ciências
e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Sem comentários:
Enviar um comentário