domingo, 9 de junho de 2013

Fósseis

Fóssil é o “nome dado aos restos ou vestígios de plantas ou animais que se encontram nas camadas terrestres, anteriores ao actual período geológico”, segundo o Dicionário Priberam de Língua Portuguesa. A origem da palavra, do latim fossilis, indica-nos literalmente isso mesmo, ‘extraído da terra’. No entanto, para que seja considerado fóssil, os vestígios devem ter origem orgânica e possuírem mais de 13000 anos (calculado a partir da última glaciação do Quaternário). Existem, no entanto, autores que consideram que o tempo não é o mais importante na definição do conceito de fóssil (ou seja, os vestígios não sofreram transformações físicas e químicas por longos períodos de tempo), mas antes que qualquer resto ou vestígio de ser vivo é um fóssil quando preservado em contexto geológico.
Existem duas formas de preservação dos vestígios da presença de seres vivos antigos, restos materiais e manifestações de atividade (Figura 1).
·         Restos materiais ou somatofósseis são evidências da totalidade do corpo inteiro (Figura 2A) ou de partes de antigos organismos, tais como, ossos, dentes, troncos ou chifres (Figura 2B).
·         Manifestações de atividade são fósseis que resultam de evidências indirectas dos seres vivos, ou seja, da sua atividade biológica. Estas podem ser vestígios orgânicos, tais como estruturas reprodutoras (sementes, pólen, ovos – Figura 3A, esporos) e cuprólitos e urólitos (excrementos fossilizados e secreções urinárias), ou icnofósseis ou rastos, como são as pegadas (Figura 3B) e impressões de outras partes do corpo, pistas e galerias abertas em material rochoso ou em partes de outros seres vivos (como esqueletos e troncos).
Existem ainda outros tipos de vestígios que a vida passada deixou que, apesar de não poderem ser vistos, podem ser detetados sob a forma de sinais bioquímicos. Estes são os fósseis químicos ou biomarcadores.

Figura 1 - Esquema simplificado de uma paisagem actual e de algumas plantas e animais (potenciais fósseis) que poderão ser preservados como fósseis (http://domingos.home.sapo.pt)




Figura 2 – Exemplos de somatofósseis. A - Mosquito preservado em âmbar, exemplificando um vestígio fóssil da totalidade do corpo do organismo (http://hapenas.com). B - Crânio do dinossauro Rajasaurus narmadensis, em que se demonstra que apenas uma parte do organismo ficou preservada, neste caso o osso, tendo sido as partes moles decomposição (http://www-news.uchicago.edu)


Figura 3 – Exemplos de fósseis de manifestação de atividade. A - Ninho com ovos de Hadrosaurus fossilizados (http://www.nationalgeographic.com). B – Rastro de pegadas de dinossauros (http://paleo.cc)

Referências Bibliográficas
Priberam (2012) 9 de junho de 2013, http://www.priberam.pt/.
Wikipedia (2013) 9 de junho, 2013, http://en.wikipedia.org/ .
Iniciação à paleontologia e à história da terra (n.d.) 9 de junho, 2013, http://fossil.uc.pt.
Legoinha, P. (2012). Apontamentos de Estratigrafia e Paleontologia. Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

Fósseis ao virar da esquina (n.d.) 9 de junho, 2013, http://paleolisboa.com.

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