domingo, 9 de junho de 2013

Paleoecologia


Numa Biocenose, populações de organismos, agora extintos, em que os indivíduos vivem num biótopo (mesmas condições e estado de dependência mútua) existem quatro grupos principais de espécies, considerando a sua presença em termos percentuais:
·         Espécie dominante: >50% das espécies;
·         Espécie característica: 25% a 50%;
·         Espécie acompanhante: 10% a 25%;
·         Espécie fortuita: <10%.


Relativamente à distribuição no planeta, os organismos fósseis podem ser classificados de:
·         Cosmopolitas: se têm distribuição global;
·         Ubiquistas: distribuição global, mas com povoamentos descontínuos;
·         Endémicos: específicos de uma região, sendo por isso maus para se efetuar correlações.

Quanto ao tipo de localização em organismos fósseis aquáticos, estes são classificados de:
·         Plantónicos: se a forma flutua;
·         Netónicos: o organismo nada;
·         Bentónicos: o organismo anda nos fundos marinhos.

Se a população vive sobre a sedimentação do fundo marinho, chama-se epifauna, de vive no interior dos sedimentos, é a endofauna.


Principais grupos de fósseis utilizados em biostratigrafia e datação relativa

O conteúdo de uma seção estratigráfica pode ser dividido em unidades estratigráficas. Quando esta divisão se baseia no conteúdo fossilífero, definem-se unidades biostratigráficas.
A biostratigrafia procura fazer a datação relativa de rochas, utilizando para isso os fósseis que estas contêm. Deste modo é possível estabelecer a idade de rochas diferentes, de locais diferentes, mas com o mesmo conteúdo fossilífero.
Biozona ou unidade biostratigráfica consiste num corpo rochoso distinguido de outro pelo seu conteúdo fossilífero. Existem diferentes tipos de biozonas:
·         Biozona de extensão: definida a partir de fósseis de um determinado táxone específico;
·         Biozona de associação: definida pela existência de tipos diferentes de fósseis juntos, distintos da restante rocha;
·         Biozona de intervalo: conjunto de estratos situados no intervalo entre dois biohorizontes (nível de aparição ou de extinção de um táxone).

Para se fazer a definição de diferentes biozonas recorre-se a fósseis caraterísticos, fósseis estratigráficos ou fósseis de idade. Assim, um fóssil de idade é um grupo taxonómico, geralmente género ou espécie, usado na definição de biozonas, para datação relativa de formações geológicas. Para que um fóssil seja classificado como tal deve obedecer às seguintes condições:
·         Evolução rápida e curta distribuição temporal, ou seja, a espécie surgiu, desenvolveu-se e extinguiu-se num período de tempo relativamente curto (sendo caraterística de apenas esse tempo geológico);
·         Distribuição geográfica ampla, o que permite a comparação entre fósseis de diferentes locais;
·         Grande número de indivíduos de modo a aumentar a probabilidade de ocorrência de fósseis;
·         Estruturas fossilizáveis (ossos, carapaças ou conchas), o que aumenta a probabilidade de ocorrer o processo de fossilização.

Os fósseis de idade podem ter grande expressão e interesse num determinado período geológico, mas não serem importantes num outro. A Figura 11 mostra os fósseis caraterísticos das diferentes Eras e Períodos.



Figura 11 – Exemplos de fósseis de idade, que permitiram a construção de uma escala (bioestratigráfica) de tempo relativo, para as diferentes Eras e Períodos (http://domingos.home.sapo.pt/temp_geol_1.html)

Referências Bibliográficas
Priberam (2012) 9 de junho de 2013, http://www.priberam.pt/.
Wikipedia (2013) 9 de junho, 2013, http://en.wikipedia.org/ .
Iniciação à paleontologia e à história da terra (n.d.) 9 de junho, 2013, http://fossil.uc.pt.
Legoinha, P. (2012). Apontamentos de Estratigrafia e Paleontologia. Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

Fósseis ao virar da esquina (n.d.) 9 de junho, 2013, http://paleolisboa.com.

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