Numa Biocenose, populações de organismos,
agora extintos, em que os indivíduos vivem num biótopo (mesmas condições e
estado de dependência mútua) existem quatro grupos principais de espécies, considerando
a sua presença em termos percentuais:
·
Espécie
dominante: >50% das espécies;
·
Espécie
característica: 25% a 50%;
·
Espécie
acompanhante: 10% a 25%;
·
Espécie
fortuita: <10%.
Relativamente à distribuição no
planeta, os organismos fósseis podem ser classificados de:
·
Cosmopolitas: se têm distribuição global;
·
Ubiquistas: distribuição global, mas com povoamentos descontínuos;
·
Endémicos: específicos de uma região, sendo por isso maus para se efetuar
correlações.
Quanto ao tipo de localização em organismos
fósseis aquáticos, estes são classificados de:
·
Plantónicos: se a forma flutua;
·
Netónicos: o organismo nada;
·
Bentónicos: o organismo anda nos fundos marinhos.
Se a população vive sobre a sedimentação do fundo marinho, chama-se
epifauna, de vive no interior dos sedimentos, é a endofauna.
Principais grupos de
fósseis utilizados em biostratigrafia e
datação relativa
O conteúdo de uma seção estratigráfica pode ser dividido em unidades
estratigráficas. Quando esta divisão se baseia no conteúdo fossilífero,
definem-se unidades biostratigráficas.
A biostratigrafia
procura fazer a datação relativa de rochas, utilizando para isso os fósseis que
estas contêm. Deste modo é possível estabelecer a idade de rochas diferentes,
de locais diferentes, mas com o mesmo conteúdo fossilífero.
Biozona ou unidade biostratigráfica consiste num corpo
rochoso distinguido de outro pelo seu conteúdo fossilífero. Existem diferentes
tipos de biozonas:
·
Biozona de extensão: definida a partir de fósseis de um determinado
táxone específico;
·
Biozona de associação: definida pela existência de tipos diferentes de
fósseis juntos, distintos da restante rocha;
·
Biozona de intervalo: conjunto de estratos situados no intervalo
entre dois biohorizontes (nível de aparição ou de extinção de um táxone).
Para se fazer a
definição de diferentes biozonas recorre-se a fósseis caraterísticos, fósseis estratigráficos ou fósseis de idade.
Assim, um fóssil de idade é um grupo taxonómico, geralmente género ou espécie,
usado na definição de biozonas, para datação relativa de formações
geológicas. Para que um fóssil seja classificado como tal deve obedecer às
seguintes condições:
·
Evolução rápida e curta distribuição
temporal, ou seja, a
espécie surgiu, desenvolveu-se e extinguiu-se num período de tempo
relativamente curto (sendo caraterística de apenas esse tempo geológico);
·
Distribuição geográfica ampla, o que permite a comparação entre
fósseis de diferentes locais;
·
Grande número de indivíduos de modo a aumentar a probabilidade de
ocorrência de fósseis;
·
Estruturas fossilizáveis (ossos, carapaças ou conchas), o que
aumenta a probabilidade de ocorrer o processo de fossilização.
Os fósseis de idade podem ter grande
expressão e interesse num determinado período geológico, mas não serem
importantes num outro. A Figura 11 mostra os fósseis caraterísticos das
diferentes Eras e Períodos.
Figura 11 – Exemplos de fósseis de
idade, que permitiram a construção de uma escala (bioestratigráfica) de tempo
relativo, para as diferentes Eras e Períodos (http://domingos.home.sapo.pt/temp_geol_1.html)
Referências
Bibliográficas
Wikipedia (2013) 9 de junho, 2013, http://en.wikipedia.org/ .
Iniciação à paleontologia e à
história da terra (n.d.) 9 de junho, 2013, http://fossil.uc.pt.
Legoinha,
P. (2012). Apontamentos de Estratigrafia e Paleontologia. Faculdade de Ciências
e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
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